POETA - Edegar Garcia Torres nasceu em Pedro Osório, RS, em 19 de janeiro de 1956. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Pelotas – UCPEL e em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – em São Leopoldo, RS. Atualmente cursa Filosofia na Universidade Federal do RS – UFRGS. Poeta e compositor letrista premiado em inúmeros festivais nativistas no Rio Grande do Sul, tendo diversos trabalhos musicados e gravados.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
quarta-feira, 2 de maio de 2012
ALGUNS POEMAS (partes) do livro Inventário de Poeta
Prezados, acaba de sair "do forno" o meu livro Inventário de Poeta. Abaixo publiquei trechos de alguns poemas que o compõem.
Se você quiser adquirir o livro, ao preço de R$ 30,00 (trinta reais), solicite-me pelo email poesia.edegargarciatorres@hotmail.com, meio em que lhe informarei um número de conta bancária para depósito. Depois envie-me o comprovante de depósito (escaneado, digitalizado) para o mesmo email, com o(s) nome(s) e endereço(s) e enviarei pelo correio sem custo.
O livro estará disponível:
Na Feira do Livro de Porto Alegre, RS:
> Livraria e Papelaria Bamboletras - Lima e Silva, 776, Porto Alegre;
> AGEI - Associação Gaúcha dos Escritores Independentes,
Porto Alegre;
> Livraria do
Direito - UFRGS, Porto Alegre;
> Palavraria
Livros e Cafés - Vasco da Gama, 165, Porto Alegre,
> Editora
Alternativa;
> Livraria
Multicultura Café - Rua da República, 351 Loja 01, Porto Alegre;
> Fogaça Livraria;
> Maneco Livraria
e Papelaria;
> Livraria
Palmarinca - Jerônimo Coelho, 281, Porto Alegre
> Livraria
Inovação Cultural - FAPA;
> Livraria Magno
Ciro - Banca 83 da Feira
> Dulcinéia
Livros - Ramiro Barcelos, 386, Porto Alegre - www.dulcineialivros.com.br
Na Feira do Livro e livrarias de Pelotas,
RS:
> Livraria Lumière;
> Livraria e Sebo Icária;
> Livraria Montlat
> Livraria e Sebo Monte Cristo
> Livraria Cia dos Livros
> Livraria Vanguarda
> Livraria São José
> Livraria Vanguarda (Rio Grande, RS)
Outros locais:
> Farmácia Daltro Filho
- rua Gen. Daltro Filho, 963 em Sant´Ana do Livramento, RS;
> Ponto do Livro
- Rivadávia Correa, 291 e Feira do Livro de Livramento, RS
> Livrarias em
Pedro Osório, RS
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS - na Feira do Livro de Porto Alegre, no dia 9 de novembro a partir de 19h.
Quando a
saudade planta pés de solidão
nas
infinitas amplidões do bem querer
cada
carinho, como rosa, desabrocha
luz de lembranças
pra sonhar e renascer...
...
Um grilo
irmana sua ode aos pensamentos;
Maria vai,
Maria vem na soledade,
deusa menina
que o universo fez mulher
nessa
distância do tamanho da saudade...
...
LUA VELHA
... Que
amores podes ter que eu não conheça?
Que mistérios
podes ter por desvendar?
Que brisa
pode haver em tuas noites
que me leve
pro infinito a viajar?
...
A que mundos
teus caminhos levarão,
diferentes
dos planetas onde andei?
...
Que
sentimentos terás que não senti?
Que ilusões
tuas que eu não tenha erguido?
Que amante
és que eu já não tenha amado?
...
MIÇANGAS
... Você vem
feito cigana no meu sono
pra me
vender bugigangas de saudade
e eu nem sei
por onde andas neste outono
e eu nem sei
de mim, da vida, da verdade.
Não sei por
que guardei você num escaninho
perdido,
enfim, nesses abismos da paixão,
como um
pirata que, em ilhotas do caminho,
guardou
tesouros pra o silêncio e a solidão.
...
PARTES DE MIM
Tenho dentro
de mim
uma alma e
outras várias
uma alma
multialmas...
Dentro do
peito
um coração
e outros
vários...
...
partes de
mim que habitam,
coabitam,
amigas,
inimigas,
consortes...
NOCHES LARGAS
En las
noches
mirando la
luna
y las
estrellas,
muchas veces
me acordé de ti...
sonreí para
ellas porque
tu estabas
allí,
allá,
en todo el
sítio celeste...
Las
estrellas eran...
...
SÍTIOS DE LOS CIELOS
... Quiero
empapuzarme de noches,
de lunas y
de estrellas...
quiero
hallarte en los infinitos pampas de las galáxias
besar las
manos tuyas
y caminar
contigo em los anillos de Saturno
Sí! Se te
vás conmigo...
Vamos
caminar
Y fixate: el
universo es tan chico...
no te habrá
cansancio...
ESSÊNCIA
...
Meu destino
é estradear léguas sem fim
nessas
ânsias viageiras de amplidão
e onde o
pingo não tem patas de chegar
chega o
sonho, chega o verso e o coração...
Num poema
ergo castelos imponentes
Que à noite
as luzes dos avós são lamparinas;
Noutro o
vento das quimeras traz Quixotes
E o que foi
já não é mais senão ruínas.
...
SONETO DA LOUCURA
...
Sou Quixote
envolto em elmos de bacias
e os moinhos
são mi´as penas encantadas
os meus
sonhos vêm montando rocinantes
e trilhando
dentro d´alma encruzilhadas...
Tenho medos
do papão, velho do saco,
tenho medos
de apagar a lamparina,
fim do
mundo, duende, bruxa e da verdade
de encontrar
comigo mesmo em cada esquina...
...
YERVEANDO
...
Ao pé do fogo – meu altar campeiro –
rezo m´ias
penas pastoreando sinas,
enrodilhando
versos, vida e tempo
ao crepitar
das chamas bailarinas.
Os meus
recuerdos passam em tropilhas
buscando
achegos na alma e galpão,
pealando
estrelas que os galos espantam
reculutando
auroras na amplidão.
...
LUA DAS LOBAS
...
Lua das
lobas famintas
no abandono
das libidos,
derrama
punhais de prata
no furacão
dos sentidos...
Lua que
inspira em poetas
repetidos
motes tolos
nos
medíocres contrapontos
de ilusões e
desconsolos...
...
EL TIEMPO Y YO
Qué!
Tan solo
estoy
oyendome
caminar por entre estrellas
en dos
mundos del alma...
uno, la
razón; otro, sentir...
¿Y esto es
así?
pero…
...
CAMPOS DE AGONIAS
...
Quando eu
passava pela oitava estrela
depois de
Antares e de Aldebarã
lembrei de
noites cheias de pesqueiros
e
guitarreios trazendo a manhã...
E o
pensamento nos confins do cosmos
correu
lonjuras, campos de agonias
nas
soledades que as desilusões
lavam o mate
pelas noites frias...
...
PENSANDO A VIDA
...
Quantas
verdades que senti perdidas
pensando a
vida para me encontrar;
quantas
mentiras que pensei verdades
nas largas
trilhas de meu caminhar...
Quantos
duendes em tropéis insanos
fincaram
ranchos pelas soledades
que a alma
tem quando desabitada
e tão
povoada de contrariedades...
...
MÃOS
Doces
como os
doces que fazem,
doces de
carinhos
doces de
carícias
doces de
amor
doces de
paixão
dedos
longos, delgados,
pianistas...
mãos
bailarinas...
...
TU, POESIA (Parte I)
...
Por vezes
fico meditando em horas mortas
se és mesmo
fonte e jorras águas de beber
se és
acalanto, se és motes de cantares
ou se és
estrela e jorras luz em meu viver...
Tens nesse
tom, nesse matiz iridescente
versos e
cores, odisseia, inspiração...
e tens
magias de mulher, serena e bela
que inspira
em si sonho e loucuras de paixão...
...
TU, POESIA (Parte II)
Tu és menina
que sonha com beijos
que dou-te
em rimas pra te acalentar;
tu és rainha
de domínios tantos
e calabouços
de me aprisionar...
Se te dou
flores, pronto! és primavera!
e em tardes
outonais inspiração;
se me
abandonas sinto o frio do inverno
e se me
chamas me fazes verão...
...
TU, POESIA (Parte III)
São tuas
luzes divinais poemas,
são teus
amores rimas e quebrantos;
são teus
caminhos feito céus de estrelas
são do poeta
teus segredos tantos...
Em teus
abrigos sonho descompassos
e em meus
delírios guerras, paz, enfim...
e teu olhar,
luar de imensidão,
traz
inquietudes, vendavais em mim...
...
TU, POESIA (Parte VI)
Eu te
respiro, e em cada pensamento
te fazes
tudo, meu sentir, meu ópio
e me
abandono nesses teus clarões
girando a
teu brilhar feito heliotrópio...
Teus
horizontes cruzam meus desertos
plantando
estradas para a alma andar
semeando
paz, auspícios, claridades
nos verbos
tantos de te conjugar...
...
TU, POESIA - Parte VIII
...E em ti
reinas com sorte
em minha
alma, da tua consorte...
Destarte,
nessas
diáforas,
descarto
Descartes:
nem sempre
existir para pensar,
nem sempre
pensar para existir
neste
descontrole de palavras
ao traçar
abstrativos
de
poesia-mulher
à
mulher-poema...
...
TU, POESIA (Parte X)
Quando viajo
nas fronteiras de mim mesmo
levo
miçangas de alma, angústias, meus anseios
e em
profundezas que há em ti, mundo-poema
submergem
meus pulsares, devaneios...
Todo poeta
tem sua musa inspiradora
umas reais,
outras, talvez, imaginárias...
Não existem
musas órfãs de poetas,
que as
elegem por suas ânsias libertárias...
...
terça-feira, 1 de maio de 2012
De minhas reflexões, mateando sozinho, numa barranca de rio, numa taipa de açude, conversando comigo mesmo... a sós comigo mesmo, pescando fragmentos da alma nos remansos e nos aguapés... sei lá... Era preciso inventariar a vida, meus tesouros, as vitórias, os fracassos, os sentimentos, as angústias, os valores... sei lá... assim subscrevo
" INVENTÁRIO DE POETA"
" INVENTÁRIO DE POETA"
. –... ”Às vezes encontro minha razão perdida na desrazão de não ter sido...”... – Edegar..
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Prefácio
Prefácio
Assim nasce um menino (em Pedro Osório, RS), que nunca cresceu, mas que há muito já estava aqui...
–... ”Às vezes encontro minha razão perdida na desrazão de não ter sido...”... – Edegar...
Falar de Edegar Garcia Torres é falar de sentimentos intensos, das inquietações e aconchegos, de fruir a vida, do olhar que vai além do hoje, pois remete para um amanhã de
quimeras, de discernimentos, ambiguidades e razões estéticas dos poetas. Assim desde muito cedo se estabelece um frondoso embate interno, entre dois mitos: “Dionísio” X “Apolíneo”, uma indomável pulsão que deseja agarrar a vida com a força de um tropel – de potros chucros, e, um supereu que impõem resistência e inspira seus sonhos à simetria harmônica, como os favos de mel.
quimeras, de discernimentos, ambiguidades e razões estéticas dos poetas. Assim desde muito cedo se estabelece um frondoso embate interno, entre dois mitos: “Dionísio” X “Apolíneo”, uma indomável pulsão que deseja agarrar a vida com a força de um tropel – de potros chucros, e, um supereu que impõem resistência e inspira seus sonhos à simetria harmônica, como os favos de mel.
Nessas perspectivas, se faz homem o menino a tingir com letras as telas dos corações, com poemas de momentos, recordações e projeções, encantamentos e paixões, e insanas sanidades que remetem para um novo amanhã de si mesmo, onde o Poeta procurou na dissipação abaetar o D. Quixote (um Cavaleiro Errante) a combater obstáculos invisíveis em seus dias de desventuras e ilusões.
Como afirmava Nietzsche – a Arte é o principal meio de darmos sentido ao mundo – ou até mesmo reinventá-lo, por que não? Apagar os sintomas do mal-estar, oferecer um lenitivo aos corações cansados de tantas verdades não aspiradas ou comprovadas. A sensibilidade de Edegar ao retratar seu olhar frente ao mundo oferece frestas para a transformação do homem em si, para si e ao mundo; sua poesia não é uma formula mágica, mas é pura magia, pois não subtrai a realidade, mas a reinterpreta, transmuta a dor em vitalidade, em leveza e alegria.
–... “E o louco chorou, pois lágrimas lavam as culpas e abrandam a espera do nada.”... – Edegar...
Infeliz de quem nunca se permite ou permitiu-se dar vida aos seus loucos sentimentos, não arriscou sustentar a insana excentricidade da sana volição à felicidade; mas o que é a loucura, se não uma forma de superar a dor da não possibilidade? Como compreender a loucura se não por dentro dela? Os loucos fazem poesias, fazem gambetas para a vida, perguntas que a vida não quer ouvir as respostas. Ah os Poetas...!
... Esses artistas, deuses das contestações, das criações e recriações, loucos sonhadores que sonham vidas sem desencontros, encontros eternos de finais iniciais, pinçam as dores devolvendo arco-íris em janelas de esperanças, deliram paixões por confundirem o amor, lutam contra os moinhos para conquistarem as suas Dulcinéias, nestes delírios de realidade adormecem com seus pares sonhando com alcovas imaginárias.
... – ”Quantos resquícios de ilusões e culpas desbotam motes de viver ou ser; quantas represas de afetos negados a alma espera para renascer...” – Edegar...
Poesia sem dor é vida sem superações..., a estética poética faz rimas com a contingência e a dialética humana, expõe o constante jogo das contraposições, sem camuflar a natureza em sua livre pujança de sofrimentos e deleitamentos, fenecimentos e renascimentos, alegrias e tristezas, perfeições e dor, e, assim, desloca a metafísica da renúncia para a metafísica dos amores e seus desdobramentos. Nesta fidelidade humana discorre o Poeta dos sentimentos intensos, sua oposição à renúncia à vida.
... – “Vai, fiel poesia... Faz nas pedras desabrochar botões de rosas e madressilvas.” – Edegar...
É com encantamento e satisfação, que cumpro o desígnio de anunciar aos corações e mentes sensíveis à arte, um tantinho do olhar do Poeta dos Sentimentos Intensos.
Senhores leitores, embarquem nesta nau de páginas de vida e façam uma instigante viagem de paixões, sonhos, lembranças, belezas, melancolias, prostrações e ternuras.
Cedaior Ami da Silveira
Filósofo/Terapeuta
segunda-feira, 30 de abril de 2012
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